Este ano, no dia 25 de Abril, fui a Vinhais a pedido de uma amiga que adora porcos.
Vinhais fica a 2h30 (+-) do Porto, em Bragança e é a Capital do Fumeiro.
Em Fevereiro inauguraram um espaço interativo dedicado ao Porco e nós fomos passear até lá,visitar o Centro Interpretativo Porco e Fumeiro. Como somos uma raparigas que adoram natureza, estudamos a zona e tornamos este dia especial.
Saímos de Vila Nova de Gaia por volta das 10h - 10h30, fizemos algumas paragens pelo caminho e
por voltas das 13h estavamos a almoçar em Vinhais.
Depois do almoço fomos fazer uma caminha pela vila, conhece-la melhor. Sou uma fã de castelos, fortes, muralhas ... e por isso fiquei encanta.
Descobrimos a Casa da Vila -Centro de Interpretação do Parque Natural de Montesinho - que desde 18 de Janeiro tem a exposição de cestaria vinhaense. Está aberta ao público de segunda-feira a domingo, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, até 30 de abril e a entrada é livre.
A exposição é pequena mas interessante e vale a pena visitar.
Para além disto podem visitar também os jardins que tem uma vista maravilhosa e recantos encantadores
De seguida lá fomos nós ao que nos tinha levado a Vinhais
Em 2013, ia eu tomar um café matinal como tantos outros, e o dono da pastelaria diz-me:
- O seu cão fugiu! Anda por aí solto!
Fiquei confusa porque antes de sair de casa tinha o visto lá, deitado, doce e tranquilo a dormir.
Para quem não conhece este é o Guga, meu amigo desde 2002,
Golden Retrivier, 45kg, meigo e ciumento, na altura com 11anos. Adepto de longas corridas matinais na praia. Adora mimos e passear. A todos aqueles que se aproximam dele e não lhe liga nem faz festas...
ele passa a não gostar e é um caso sério! :D
Como devem imaginar, lá se foi o café e lá fui eu a procura do cão que diziam ser o Guga.
Não era!
Mas era um Golden parecido, muito parecido.
Apresento-vos:
O Fred entrou nas nossas vidas assim.
Desorientado, assustado e faminto.
Entrou no café, houve alguém que lhe quis dar um pontapé para o tirar de lá e eu ... não gostei!
Comprei um pão. Chamei-o e ele veio (pois claro).
E foi comigo até casa.
A minha vontade, logo, foi ficar com ele mas depois vieram os "ses" e os "senãos".
Quando cheguei a casa e os meus pais viram... foi a alegria total e geral.
Os meus pais adoram animais, felizmente, e não acharam mal eu te-lo tirado da rua.
E começou a saga do Fred nas nossas vidas.
Foram 2 meses cheios de ansiedade por várias razões.
Não queríamos acreditar que o tinham abandonado.
Ele tinha o pêlo bem tratado, sem carraças nem pulgas, tinha medos e calos nas patas (provavelmente de estar sempre na mesma posição)
Fomos ao veterinário ler o chip para o irmos entregar aos donos que acreditei que estariam no mínimo aflitos.
Confesso que no caminho rezei para que não houvesse chip.
As preces foram ouvidas.
Não havia nem chip nem alerta de nenhum cão com aquelas características dado como desaparecido. Mas, pondo-me na pele daqueles donos (e contra mim que já tinha feito a cabeça aos meus pais para ficarmos com ele) tirei fotos e partilhei na minha página do facebook e nas clínicas veterinárias da área.
Nunca tinha adoptado nenhum ser vivo, muito menos um cão!
O Vet do Guga avisou-me que seria um processo difícil visto o Guga ser um cão alfa com 11anos habituado a ter atenção e espaço tudo para ele. Mas que havia esperança caso o outro cão fosse... passivo.
Depois da visita ao Vet e de sabermos que ele estava bem e não tinha chip, o desafio seguinte foi arranjar um nome para ele. Fred, foi o único que ele virou a cabeça e abanou a cauda e por assim ficou.
Os dias foram passando. Inicialmente os dias eram assim
O Guga no pátio interior, onde está 80% do dia, a manter o respeito e o Fred no pátio exterior a ouvir o que o Guga tinha a dizer. Aos poucos iam-se aproximando.
Nunca houve nenhuma atitude dramática de parte do Guga de rosnar ou atacar o Fred, mas houve avisos.
O Guga sempre deixou bem claro que quem mandava ali era ele e o Fred aceitou!
Chegou o dia da partilha de espaço e o Fred começou a partilhar a zona do Guga.
Correu bem, desde que o Guga mantivesse o comando da situação.
Os dias passavam.
Fui contactada por donos de Golden desaparecidos na esperança dele ser o tal mas, os verdadeiros donos do Fred nunca apareceram. Felizmente para nós porque foi rápido e fácil gostar dele.
Até o Guga passou a ceder-lhe os espaços privilegiados dele.
Passado algum tempo e deles já se darem bem e do Fred já fazer parte da família, voltamos ao veterinário para o registarmos. Colocar chip, dar vacinas e ser NOSSO!
O Fred faz, este mês, 2 anos que está connosco.
Estes 2anos foram bastante gratificantes.
As pessoas diziam-me que os cão adoptados reconhecem quem lhe faz bem. É verdade! E que eu não me iria arrepender. E também é verdade. Tem sido óptimo para nós todos.
O guga arranjou um amigo e companheiro e agora nunca estão sozinhos!
O Fred continua a ser um cão extremamente meigo, aprendeu a saltar e deita-se !
Sim, ele não sabia saltar nem explorar espaço. Passava o tempo numa pequena area mesmo tendo um espaço todo por conta dele cá em casa...